terça-feira, 14 de outubro de 2014

Roteiro da Semana - Bali

Uma semana depois do post da Tailândia, uma outra amiga minha me disse que quer ir pra Bali e me pediu pra escrever o roteiro - e Bali foi o meu destino imediatamente após a Tailândia! Eu expliquei pras duas que, como estive por aquelas bandas há mais de 6 anos, muita coisa pode ter mudado e que eu faria algumas coisas diferentes se eu fosse pra lá hoje em dia. De qualquer forma, toda dica é válida, então lá vou eu pro roteiro que fechou a minha Asia Trip com chave de ouro - e que também fazia parte dos meus "Destinos dos Sonhos".


Fragmentada: a Indonésia é o maior arquipélago do mundo, formada por mais de 17 mil ilhas.

COMO CHEGAR
Ctrl c+Ctrl v do que escrevi sobre a Tailândia: vou dever informações mais concretas sobre voos para a Indonésia, mas posso afirmar o seguinte: é BEM caro, provavelmente mais caro do que todos os outros custos somados (chutaria que custa uns R$5 mil ida e volta). E por se tratar de um destino incomum, com menos opções de voos, não vale a pena ser mesquinho: é muito mais seguro e cômodo fechar a passagem com uma agência de viagens (com direito a parcelamento) do que num site comparador de preços qualquer. Porque em caso de problemas como voo atrasado ou cancelado, é mais fácil recorrer a uma pessoa de carne e osso do que à internet (na minha humilde e ultrapassada opinião). Sendo assim, pesquise em pelo menos três agências de sua confiança e tente negociar os preços.

Obs: Pra quem já tá do outro lado do mundo, indico as low fare Air Asia (http://www.airasia.com/) e Jetstar (http://www.jetstar.com/) e também a Lion Air (http://www.lionair.co.id/), que é a companhia área "mais voada" pelos indonésios. Eu voei com a Jetstar de Bangkok para a capital Jacarta e não lembro se aproveitei alguma promoção, mas atualmente esse trecho custa cerca de USD 150 (R$340). E de Jakarta para Bali optei pela Lion Air, cuja passagem sai por cerca de USD 55 (R$150).   

É BOM FICAR LIGADO(A)
Costumo escrever as dicas gerais no final dos posts, mas vou inverter dessa vez pra chamar atenção a coisas que eu vivenciei e que podem causar problemas ou assustar.

1) Os indonésios são muito religiosos e o Islamismo predomina (é o país com mais muçulmanos no mundo). Então, tenha respeito, seja esperto(a) e não faça como eu, que não pesquisei essa questão religiosa e achei que em Jacarta a religião mais forte fosse o hinduísmo, assim como em Bali. Resultado: mesmo de calça jeans e jaqueta num calor excruciante pra não ser chamada de "menina da vida" (que nem aconteceu na Tailândia), tomei esporro de uma criança no aeroporto de Jacarta porque fui ao banheiro bem na hora de uma das "chamadas pra reza", em que todo mundo para tudo para orar em direção à Meca. O esporro foi em indonésio e eu só entendi porque a adulta que tava com ela me explicou em inglês. Aí lancei um "sorry, i'm catholic" (não valia a pena entrar no mérito de que eu não sigo nenhuma religião específica), voltei correndo pra área de embarque e me recolhi à minha ignorância religiosa. 

2) Muito, mas MUITO cuidado se você quiser consumir drogas na Indonésia (se possível, passe longe). Todo mundo que desembarca nos aeroportos dá de cara com um aviso gigante super receptivo: "Welcome to Indonesia! Death Penalty for Drug Traffickers". E é bem por aí mesmo: a pena para consumo de drogas no país é a prisão e para o tráfico é a pena de morte. Eu já sabia disso há anos, desde que vi o filme "Pela Vida de um Amigo" (que se passa na Malásia, mas as regras são as mesmas), e por isso mesmo eu preferi nem levar na mala o Red Bull turbinado da Tailândia - porque vai que confundem aquele troço com uma droga de verdade? Além disso, preste atenção aos vários locais que ficam oferecendo drogas pela rua: na maioria das vezes eles são agentes pagos para denunciar consumidores e portadores, então nem dê papo.

3) Os indonésios são traumatizados por causa dos atentados de 2002, que mataram 202 pessoas e feriram outras centenas em Bali, a maioria turistas. Então, não se assuste com a quantidade de revistas eletrônicas pelas quais você vai passar na maioria dos estabelecimentos comercias e pontos turísticos da ilha, é por precaução. 

Ilha de Bali: principal destino turístico da Indonésia e onde vivem a maioria dos hindus do país.

HOSPEDAGEM
A ilha de Bali, especialmente a região de Kuta, é muito bem estruturada para turistas, pro bem e pro mal. Se por um lado a comunicação (em inglês) flui bem, há hospedagem&comida&atrações para todos os gostos e bolsos e o exotismo&exuberância ainda se mantêm vivos na maior parte da ilha, por outro lado as "pegadinhas turísticas" estão por todo lado. Pegadinhas como: garotas de programa oferecendo as "Jiggy Jig massage" a cada esquina (não confundir com as massagens tradicionais, que são deliciosas e baratas), inúmeros camelôs vendendo todo tipo de produto falsificado e moradores locais oferecendo drogas pelas ruas. 

Fiquei hospedada em Kuta, no hotel Dua Dara (http://www.travbuddy.com/Dua-Dara-Inn-v438501), pois quando cheguei na ilha uns amigos já estavam hospedados lá então nem me dei ao trabalho de pesquisar outras opções. O hotel é bem simples e a maioria das suítes não tem ar condicionado (só ventilador), mas ele tem piscina, é super bem localizado e a diária pra duas pessoas custa cerca de 150.000 rúpias (USD 12, muito em conta). Mesmo assim, não me hospedaria lá de novo por dois motivos:

1) Achei Kuta "turística" demais, meio confusa, não é o que se espera de um lugar paradisíaco como Bali - mas pros solteiros vale a pena, porque a vida noturna é agitada. Além disso, em qualquer praia da ilha é possível se hospedar em hotéis muito melhores pagando só um pouco a mais, é só reservar com um mínimo de antecedência.

2) No meu segundo dia, tive uma crise de cistite absurda. Pra piorar, não levei remédio algum pra Bali (por causa da paranóia de confundirem com droga), então tive que esperar passar "sozinha" (o que significa beber litros e mais litros d'água e perder uma manhã inteira na privada fazendo xixi). Na hora achei que a crise tivesse sido um azar, até que fiquei sabendo que em Bali a água é suja e comecei a perceber como esse hotel é desleixado (leiam o primeiro review desse link que eu colei aqui no post e apavorem-se). Ou seja: acho que peguei essa infecção só de escovar os dentes com a água do hotel, ou por deixar a água encostar na minha boca na hora do banho, ou coisa assim.  

3) É muito fácil sacar e trocar dinheiro em Bali e diversos estabelecimentos aceitam cartão de crédito. Além da rúpia, os dólares australiano e americano são bem aceitos. 

Fim de tarde em Kuta: em 2008 (ano em que eu fui), o turismo bateu recorde em Bali.
Raro momento de calma na rua principal de Kuta (essa foto deve ter sido tirada às 7h de um domingo, só pode).

ATRAÇÕES BALINESAS
NATUREZA
A Indonésia é um país-arquipélago, com o terceiro maior litoral do mundo, então é natural que as praias sejam parada obrigatória. Eu conheci Kuta (turistada), Padang e Uluwatu (maravilhosas, isso é Bali!) e Lovina (areia pretinha). A melhor forma de conhecer não só as praias como a ilha toda é alugando um carro, mas quem não curte dirigir pode fechar passeios nas várias agências de turismo de lá, há diversas opções de pacotes. E em todos eles você observa de perto a "exuberância tropical" da Indonésia - que por sinal só perde em biodiversidade pro próprio Brasil. 


E agora que eu não lembro se essa foto é em Padang ou Uluwatu? Chuto Padang.
Lovina Beach, na região noroeste de Bali (mas podia ser em Araruama).

Outro aspecto muito característico de Bali é o surfe, pois a ilha tem ondas pra todos os gostos e atrai surfistas do mundo inteiro. Enquanto os iniciantes se aventuram em Kuta (dá pra alugar pranchas na praia), os "pros" se arriscam em Uluwatu, Padang e Dreamland e os mais fissurados dedicam grande parte da viagem (e da grana) pra conhecer outras ilhas do país como Mentawai e Lombok. 

Flagra do WCT em Uluwatu: em 2008 a etapa "surpresa" do circuito foi realizada em Bali bem quando eu fui.

TEMPLOS, ARROZAIS E VULCÕES
Comprei três pacotes de passeios que envolviam essas três atrações. Os preços variam entre USD 40 e USD 80, o que eu acho meio carinho - mas justamente o passeio de USD 80 foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Quem curte arquitetura, história e geografia não pode perder nenhum.

1) Pura Goa Gajah (Elephant Cave) / Pura Besakih (Mother Temple of Besakih) 
Pura significa "templo" em balinês e há cerca de 20 mil (!!!) pela ilha. O Pura Goa Gajah, mais conhecido como Elephant Cave, é do século IX e conta com um espaço de devoção à deusa Shiva. Além disso, no Goa Gajah tem uma piscina que foi construída com o propósito de rebater os maus espíritos - a água só não é lá muito convidativa.


Entrada para o altar da deusa Shiva (essa imagem talhada supostamente é de um elefante).
Alguns templos de Bali são muito simples, mas transbordam história e cultura.

O Pura Besakih é o maior e mais importante templo do hinduísmo em Bali. Acredita-se que ele é pré-histórico e sua arquitetura é uma atração à parte (por exemplo, os eixos principais são alinhados com o pico do monte Gunung Agung, o mais alto de Bali). Mas se por um lado a magnitude do lugar me impressionou, eu também fiquei surpresa de ver como ele é mal cuidado e achei um saco o assédio dos supostos guias que te cobram pra fazer um tour pelo templo (na verdade, eles meio que te obrigam).

Uma pequena parte do templo Besakih, que merecia mais carinho por parte das autoridades balinesas.

Obs: Esse passeio com direito a transporte de ida e volta e entrada para os dois templos deve ter custado uns USD 45, não lembro bem. No caminho, rolam uns pit stops para observar de perto alguns dos inúmeros arrozais tão característicos de Bali.

A terra bem irrigada e o solo com sedimentos vulcânicos tornam Bali perfeita para o plantio de arroz.

2) Nascer do sol no Gunung Batur (Mount Batur)
Esse foi o tal passeio de USD 80 que me marcou - e ainda bem que eu fiz aos 22 anos, porque velha e cansada com quase 30 eu não sei se encaro. Ele começou 1h da manhã, quando uma van me buscou no meu hotel e viajamos por cerca de duas horas até o pé do Mount Batur (que é um dos 150 vulcões ativos da Indonésia e considerado sagrado pelos hindus). Chegando lá, um guia te leva por cerca de duas horas montanha acima (1.717 metros pra ser precisa) e aqui já valem umas observações:

  • Vá de calça e leve um bom casaco, porque até o sol nascer o frio é cortante. Eu fui com um casaquinho mixuruca e tive que ficar escondida dentro de um abrigo até o sol nascer, por causa do vento.
  • Vá de tênis. Eu não tinha levado tênis pra Bali, então comprei um falsificado num camelô. Feio, né? Mas bem feito pra mim, porque o tênis se desfez e quase não durou até o final do passeio.
  • Se você tem pressão baixa como eu, leve sal, uma barra de cereal e/ou um biscoitinho, porque a trilha é íngreme e bem cansativa em alguns pontos. No meio da trilha a minha pressão caiu e o guia teve que me dar um sanduíche (que está incluído nos USD 80, mas era pra ter sido o meu café da manhã lá no topo e não recostada de qualquer jeito na montanha).
  • Prepare-se pra se deslumbrar: o Mount Batur fica num lugar tão remoto que o céu é extremamente "nítido", nunca vi tantas estrelas e tantas estrelas cadentes na minha vida (uma atrás da outra, lindo demais).
  • Quando o sol nasce, o deslumbre é outro: o cenário ao redor é único, típico de uma região vulcânica, e você pode ver fumaça saindo de dentro da terra. 

A cara do sono (e do frio) durante o nascer do sol no Mount Batur.
Lá embaixo, fumaça vulcânica saindo da terra.
O pico do vulcão (lá no alto) tem um formato diferente.

Como pra baixo todo santo ajuda, a volta é bem mais tranquila do que a subida, e a etapa seguinte do passeio é uma terma natural às margens do Lake Batur - a piscina de água quentinha é perfeita pra relaxar depois da trilha. Pra fechar o dia com chave de ouro, a van te leva pra um restaurante com uma super vista pro vulcão, com o almoço já incluso no valor do passeio (a comida é simples, mas gostosa).  

As termas ficam dentro de um clube na margem do lago Batur.
Melhor momento do dia 

3) Pura Ulun Danu Bratan (Temple on the Lake) / Gitgit Waterfall / Lovina Beach / Pura Tanah Lot (Temple on the Sea)

O passeio começa com uma visita ao Ulun Danu Bratan, que foi construído no lago Bratan, uma das áreas mais férteis de Bali e fundamental para a irrigação dos plantios da ilha. Por isso, é o templo de adoração da deusa Dewi Danu - a deusa balinesa das águas, dos lagos e dos rios.

O templo Ulun Danu Bratan é um grande jardim hindu.
A posição do templo faz jus ao apelido (Temple on the Lake).

No caminho para Lovina Beach, no meio da floresta, fica a cachoeira Gitgit, que eu achei mais bonita do que a praia de Lovina (o interessante dessa praia é a cor da areia, super preta por causa de fragmentos de lava). O passeio termina com o pôr do sol no Pura Tanah Lot, que é bonito e interessante - só dá pra acessá-lo na maré baixa, pois ele fica um pouco afastado da costa, no topo de uma pedra. Mas ao contrário do que se espera de um templo, esse é meio caótico, cheio de turistas e ambulantes. 

Gitgit Waterfall: parada obrigatória pra revigorar.
Lovina Beach e sua areia preta "vulcânica".
Por do sol no Tanah Lot: visual de cartão postal.

Obs: Esse passeio com direito a transporte de ida e volta, entrada para os dois templos e para a cachoeira deve ter custado uns USD 40, não lembro bem. 

4) Pura Luhur Uluwatu (Monkey Temple)
Conheci o Pura Luhur no dia que fui à praia em Uluwatu, mas a dica é ir num fim de tarde para aproveitar o pôr do sol e para ver os shows de "danças" locais. Como eu estava de carro, paguei apenas o ingresso (que deve ser barato, mas não lembro). Esse templo é interessante por vários motivos: fica num lugar lindo (num penhasco à beira do mar), é um dos mais antigos de Bali e é lar de dezenas de macacos que parecem gente - cuidado, porque eles pegam TUDO dos turistas, de comida a máquinas fotográficas (e não devolvem!). 

Visual incrível do topo do Pura Luhur.
Os macacos dominam o templo, justificando o apelido do lugar.

CULINÁRIA
Sou suspeita pra falar, porque eu sou tarada por comida asiática (temperos&especiarias&frutos do mar&leite de coco), mas a culinária de Bali é uma atração à parte: deliciosa, variada e com opções bem baratas. A minha paixão foi essa cesta de frutos do mar da foto abaixo, que eu comi pelo menos duas vezes e custava cerca de USD 8 num restaurante super simples. O carro-chefe da ilha naturalmente são os frutos do mar, mas come-se bem qualquer tipo de comida (mexicana, italiana, etc). E claro, tudo fica mais gostoso acompanhado de uma Bintang - a cerveja que de tão pop ganhou linha de roupa e tudo. 

Lagostim, siri, ostra, peixe, batata e salada: tudo por apenas USD 8.

COMPRAS
De novo sou suspeita pra falar, porque eu amo artesanato e amo prata e em qualquer esquina de Bali tem uma barraquinha ou lojinha vendendo as duas coisas (e outras zilhares de tranqueiras), então dá vontade de comprar tudo. Quem curte decoração também vai surtar com os móveis, tapeçaria e artigos decorativos típicos da ilha (mas aí já ia além do meu budget e do tamanho da minha mochila). Aliás, a galera consumista tem destinos certos em Kuta: o Discovery Shopping Mall (http://www.discoveryshoppingmall.com/pages.php?act=shop&ab=aa), com lojas como Nike, Billabong, Guess, Hurley, Polo, Puma, etc, e a rua principal de Kuta, com marcas como Versace, Dolce & Gabbana, etc. Não sei hoje em dia, mas quando eu fui os preços eram muito mais em conta do que no Brasil. 

VIDA NOTURNA
Eu só fiz noitada em Kuta e as que eu fiz foram MUITO animadas. Ajudou o fato de ser verão e, principalmente, estar rolando na ilha uma etapa do WCT (circuito mundial de surfe), então as boites e os pubs ficavam cheios de gente do mundo todo. Quando eu fui, as mais famosas eram a Bounty (
http://bountydiscotheque.com/) e a Paddy's (https://www.facebook.com/paddysclub.kutabali), que mudou de lugar depois que um dos homens-bomba de 2002 "se explodiu" dentro dela - e que apesar da tragédia, continua sendo referência de diversão em Bali. E o melhor: as duas eram de graça, então dava pra entrar e sair a hora que quisesse. 

Gente do mundo todo, bebida barata e música pop são a receita do sucesso das nights em Kuta.







quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Roteiro da Semana - Tailândia

Em 2008, eu realizei um sonho de adolescência e passei oito meses na Austrália (vão rolar posts sobre o assunto). O pretexto foi o de sempre: estudar, aprimorar o inglês, trabalhar. Mas o que eu queria mesmo era aproveitar que eu já tava do outro lado do mundo e viajar por aquelas bandas. 

A Tailândia foi um dos destinos que eu tinha certeza de que iria visitar. Eu não consigo me lembrar quando foi que surgiu a vontade de conhecer o país, mas com certeza o filme A Praia (1999) e o tsunami de 2004 afloraram essa vontade - a onda gigante logicamente não me animou, só que por mais catastrófica que tenha sido ela atraiu os olhos pra região, revelando os muitos pontos positivos do lugar. E, apesar (e por causa) da tragédia, o turismo na Tailândia não pára de crescer. 

Eu não pretendia fazer esse post, mas fiz a pedido da minha amiga Diana (a mesma do post da Jamaica), porque ela vai passar o reveillón lá. É que como fiz a viagem há mais de seis anos as dicas podem estar super desatualizadas, e eu só consegui lembrar das coisas porque eu tenho a doente mania de "manter uma agenda" desde que aprendi a escrever - e porque eu uso a mesma conta de email há séculos. Mas eu pesquisei bastante no Google para tentar entender o quão válido o roteiro ainda é, façam o mesmo. E preparem-se para o maior post das suas vidas ;)

"Banguecoque" e o mapa superficial da Tailândia.

COMO CHEGAR
Vou dever informações mais concretas sobre voos, mas posso afirmar o seguinte: é BEM caro, provavelmente mais caro do que todos os outros custos somados (chutaria que custa uns R$5 mil ida e volta). E por se tratar de um destino incomum, com menos opções de voos, não vale a pena ser mesquinho: é muito mais seguro e cômodo fechar a passagem com uma agência de viagens (com direito a parcelamento) do que num site comparador de preços qualquer. Porque em caso de problemas como voo atrasado ou cancelado, é mais fácil recorrer a uma pessoa de carne e osso do que à internet (na minha humilde e ultrapassada opinião). Sendo assim, pesquise em pelo menos três agências de sua confiança e tente negociar os preços.

Obs: Pra quem já tá do outro lado do mundo, indico a Air Asia (http://www.airasia.com/), uma low cost muito popular no Oriente. Mas não é barato ir pra Tailândia seja de onde for: há seis anos, numa promoção, eu paguei 800 dólares australianos (cerca de R$900) pra fazer Gold Coast - Kuala Lumpur (Malásia) - Gold Coast. Ou seja: ainda tive que pegar uma carona de carro até Gold Coast (eu morava em Brisbane) e depois comprar voos de ida e volta pra Kuala Lumpur. 

Kuala Lumpur: o aeroporto da capital malaia é um hub para a Ásia inteira.

ROTEIRO
Aí que o bicho pega...Decidir os destinos na Tailândia é tarefa árdua, porque é um mais bonito do que o outro. Além disso, quase ninguém sai do Brasil pra conhecer apenas a Tailândia e acaba dividindo o tempo de viagem com outros países da região, como Laos, Camboja e Vietnã. Ou seja: tirando intercambistas ou mochileiros, quase ninguém passa mais do que dez dias lá - e em dez dias dá pra ver muita coisa, mas dá pra deixar de ver MUITA coisa também. Pra não surtar, eu aconselho a montar o roteiro em função de alguma data específica: eu montei o meu em função da Full Moon Party (que só acontece uma vez por mês na ilha de Koh Phangan), mas pode ser a data que você precisa estar de volta ao Brasil, a data de alguma passagem mais em conta, a data de alguma cerimônia importante budista (religião de 85% dos tailandeses), etc.

Como uma boa intercambista, saí da Austrália com uma micro mala para passar 17 dias na Tailândia e uma semana em Bali (taí outro post que eu preciso fazer), nem sapato fechado eu levei (não faça isso, leve um tênis!). Vou descrever o meu roteiro exatamente como foi e, ao longo dele, vou sinalizar o que eu considero imperdível, o que eu deixaria de lado e o que ficou faltando fazer. Sim, em 17 dias não dá pra fazer tudo, ainda mais com o budget apertado.

Obs: Koh (ou Ko) em tailandês significa "ilha", esse termo vai aparecer muitas vezes aqui. Então, sei que é redundante falar, por exemplo, ilha de Koh Phangan, porque na verdade significa ilha de Ilha de Phangan. Mas dane-se, fica mais bonitinho falar o Koh junto com ilha.
    
DIAS 1 e 2 (Kuala Lumpur e Phuket)
Economizar nas passagens tem disso: perder mais de um dia de viagem em função de deslocamentos. No dia 1, fizemos Brisbane - Gold Coast - Kuala Lumpur, onde chegamos no começo da noite. O máximo que conseguimos fazer foi jantar e visitar o shopping que fica dentro das Petrona Towers (aquelas torres gigantes do filme Armadilha), nem subir nelas subimos. A emoção do dia ficou por conta da nossa hospedagem: uma espelunca que chamam de guesthouse num beco muito duvidoso da cidade. Eu não tenho (quase) nada contra guesthouses, são opções BEM mais baratas até mesmo do que albergue e eu me hospedei em várias na Malásia, Tailândia, Nova Zelândia e África do Sul, mas tem que pesquisar direitinho e se preparar psicologicamente caso você reserve um lugar que parece uma caçamba de lixo ou cena de filme de terror.

Obs: Um dia, tomara, eu ainda volto pra Malásia. Fiquei louca pra conhecer o litoral, que dizem ser lindíssimo e um dos melhores lugares pra mergulho do mundo. E, assim como a Tailândia, é um país cheio de contrastes: tradição vs. modernidade, pobreza vs. luxo, caos vs. rigor. Lá, eu já pude sentir a "pressão" de ser uma mulher ocidental entre milhares de mulçumanas em países úmidos onde a sensação térmica beira os 45 graus. Essa frase vai fazer mais sentido daqui a pouco... 

No dia 2, fomos pro aeroporto de busão e monorail e voamos pra Phuket, na Tailândia, com a Jetstar (http://www.jetstar.com/) - mais uma low fare, claro. Chegamos no final da tarde e só deu tempo de dar um rolé rápido, mas foi o suficiente pra me chocar (negativamente): além de mais uma vez a guesthouse ser bem esquisita, o centro da ilha parece feito pra turista tarado, entendam como quiserem rs Por outro lado, foi lá que tive o primeiro contato com o que viria a se tornar uma das maiores paixões da minha vida: o pad thai, vulgo macarrão tailandês cheio de camarão, amendoim e broto de feijão <3. E o melhor de tudo: o prato custa uns 60 baht (a moeda de lá), que equivale a três dólares americanos, ou R$6,50!!! Bem, pelo menos na minha época era barato assim.  

Obs: Choque inicial à parte, Phuket tem um litoral lindo e uma atração que eu me arrependo de não ter conhecido: a James Bond Island, onde foram filmadas cenas do 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (esse post tá cheio de referências cinematográficas). Resumindo: você fecha um pacote que inclui barco de ida e volta pra ilha e chegando lá pode fazer passeios de canoa ou caiaque pra conhecer as cavernas e se aproximar das rochas. Mais infos aqui: 
http://www.phuketthailandtrip.com/Day-Trips-Phang-Nga-Bay-James-Bond-Island-Seacave-Canoeing-Tours.html  

Cara de dopada após uma típica thai massage (sem happy ending!)
James Bond Island: viu por que eu me arrependi de não ter ido?

DIA 3 (Full Moon Party @Koh Phangan)
Nesse dia, 19/07/2008, eu me pós-graduei em Fanfarronice Social (a graduação foi em 2006, no meu Work Experience na Califórnia, o mestrado foi em Cancun e o doutorado foi na Croácia, ambos em 2013). O diploma foi obtido na mítica Full Moon Party e a prova final foi a maratona pra chegar na ilha de Koh Phangan, na costa leste da Tailândia. 

Brincadeiras à parte, eu não sei se tenho mais idade pras missões que eu enfrentei na Tailândia, mas a desse dia em questão foi a seguinte: saímos super cedo de Phuket com destino a Surat Thani num busão que parecia ter sido decorado com a ajuda do Falcão e da Gaby Amarantos, foram umas 4 horas de viagem. Chegando lá, pegamos um barco com destino a ilha de Koh Samui (lá se foram mais 3 horas) e de lá mais um barco para Koh Phangan (mais umas 3 horas também). Pra finalizar, um taxizinho esperto do porto até a praia de Haad Rin, onde acontece a festa. 

Sei que, não satisfeitos com a Olimpíada do Faustão que foi pra chegar, cometemos a burrice de não reservar hospedagem. Na verdade, até tentamos fazer isso da Austrália, mas por causa da Full Moon Party TODOS (eu disse TODOS) os hotéis, pousadas, muquifos etc já estavam lotados. A nossa sorte foi que num dos barcos nós conhecemos dois irmãos gaúchos e a garota era super despachada, então ela conseguiu convencer os recepcionistas de um resort à beira-mar a nos deixar dormir uma noite no spa (acabou que dormimos duas noites, com direito a café da manhã e metade do valor da hospedagem normal). O resort era esse aqui, e sinceramente acho que nem é tão caro assim se hospedar num quarto de verdade em vez de numa sala de massagem: http://bestwesternphanganburi.com/   

Um dos muitos Brega Bus que circulam pela Tailândia (esse até que tá bem conservado).
Essa é a piscina do resort que literalmente nos acolheu na noite da Full Moon. 

Banho pra que, né? Biquini+short+camiseta e vambora ser feliz! Já era quase noite, a ilha já estava o fervo, então fomos correndo encontrar uns amigos que estavam hospedados numa pousada pertinho da festa (que acontece ao mesmo tempo na praia e em vários hotéis, mas acho que tem que pagar pra entrar neles). E a partir daí eu prefiro não entrar em detalhes, até porque eu nem lembro. Só sei que todo mundo que curte uma farra deveria, pelo menos uma vez na vida, curtir uma Full Moon Party em Koh Phangan.

Importante
1) Na Full Moon Party não bebe-se em copo, bebe-se em balde. 

2) O Red Bull na Tailândia (terra natal da bebida antes de ela "se naturalizar" austríaca) é vendido num vidrinho tipo xarope e leva anfetamina. Eu ainda não consegui achar nenhuma prova oficial disso, mas o meu corpo garante que sim.  

3) A chance de você perder o seu chinelo durante a Full Moon é gigante, e se você perdê-lo você vai cortar o pé com os cacos de vidro na areia. Uma onda levou o meu chinelo e uma gringa imediatamente o pegou, mas eu lutei por ele. E venci.  

4) É muito comum o aluguel de motos e quadriciclos nas ilhas tailandesas. Pelo seu bem e dos outros, só alugue um se você tiver o mínimo de noção automobilística - e sóbrio(a). 

Vodka ou whisky, tanto faz: o que não pode faltar no baldinho é o Red Bull.
A Full Moon Party original é a que é realizada em Koh Phangan.

DIAS 4 e 5 (Koh Phangan)
Em termos de exuberância, achei Koh Phangan a ilha menos interessante, só entrou no roteiro por causa da Full Moon. Mas tenho lembranças ótimas: do jet ski que alugamos em Haad Rin, do rolé de jipe pela ilha, do snorkel em Koh Ma (uma ilha pequenininha ligada a Koh Phangan por uma faixa de areia), da hospedagem no resort por metade do preço e claro: dos meus amados pad thais (comi no mínimo um por dia). Na última noite, tivemos que sair do resort e fomos para a pousada Yoghurt, simples e gostosa como o nome brega sugere (http://www.booking.com/hotel/th/yoghurt-home3.html). E nessa mesma noite, cometi um erro que ia me custar um dia inteiro de viagem.

DIAS 6 e 7 (Koh Tao)
Mais uma ilha, mais um barco. Só que dessa vez, achei que eu fosse morrer, e não teve nada a ver com tempestade ou qualquer coisa assim. Acontece que, na noite interior, eu passei mais de 6 horas comendo num restaurante mexicano - isso mesmo, mais de 6 horas SEM PARAR comendo tacos, burritos, nachos etc. É que, além da comida na Tailândia ser praticamente de graça, na maioria dos restaurantes das ilhas eles instalam telões que passam filmes (piratas, diga-se de passagem) a noite inteira. Comida + filme = amor.

Voltando ao barco: eu já entrei passando mal, fui direto para o banheiro e de lá não saí durante as duas horas de viagem, vomitando sem parar. Quando chegamos em Koh Tao, eu parecia a menina de O Exorcista e o meu ex-namorado e um amigo nosso foram arrumar um transporte pro hotel (http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g303910-d1540896-Reviews-Big_Fish_Resort-Ko_Tao_Surat_Thani_Province.html). Nessa que eles me deixaram sozinha, um anjo (que podia ter sido um demônio) se aproximou cheio de sotaque britânico dizendo que era médico, que me viu passando mal na viagem e me ofereceu um remédio. Em circunstâncias normais, eu jamais teria aceitado nada de um estranho, mas eu não podia ficar pior do que eu já tava e mandei ver no comprimido. Assim como o inglês veio, ele foi, e só sei que apaguei durante horas (até na areia da praia, porque quando chegamos no hotel os quartos ainda não estavam arrumados). Quando acordei já à noite, foi como se nada tivesse acontecido, eu tava ótima. E comi pad thai.  

Pra completar a falta de sorte em Koh Tao (que é deslumbrante, pena eu não ter aproveitado nada): o meu ex capotou de quadriciclo e perdemos o segundo e último dia em função de tratar do ombro dele (com uma curandeira!) e negociar o prejuízo do quadriciclo (não lembro quanto custou, mas foram algumas centenas de dólares). À noite, passei por mais uma experiência inesquecível: uma viagem de oito horas de volta à Surat Thani num barquinho de madeira, com dezenas de esteiras espalhadas pelo chão pra galera poder dormir. É amigo, viagem de estudante é assim. 

Chegada em Koh Tao: a bela ilha foi cenário de muitos dos meus causos.
Night boat: uma nova forma de viajar.

DIA 8 (KOH PHI PHI)
Chegamos de madrugada em Surat Thani, onde uma van nos aguardava para nos levar pra ilha de Krabi (fazia parte do pacote que fechamos para chegar em Phi Phi). Mas não era uma van qualquer: era a Van da Morte. O motorista não falava xongas de inglês (como a maioria lá) e piscou de sono a viagem inteira! Eu sei, porque fui no banco da frente junto com uma holandesa e vi todas as vezes que ele fechou o olho e perdeu o controle da van, deixando ela ir pra pista da contramão - nenhum passageiro viu, porque tava todo mundo dormindo. Depois de sei lá quantas vezes que ele fez isso, eu acordei a holandesa e pedi pra ela ir conversando aos berros comigo, pra distrair ele. Devo a minha vida a ela (os outros nove passageiros também). 

Chegamos em Krabi de dia e, pela primeira vez, senti na pele a famosa monção que dá a cara na Tailândia nos meses de Junho a Outubro - ou melhor, senti na pele o dilúvio que ela trouxe. Pegamos um barco debaixo de MUITA chuva em direção ao centro de Phi Phi e, de lá, um taxi boat para o nosso hotel em Long Beach (http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g303908-d1312449-Reviews-Phi_Phi_Paradise_Pearl_Resort-Ko_Phi_Phi_Don_Krabi_Province.html). Taí outra coisa que eu faria diferente: apesar do resort ser bem bom e de termos conseguido desconto por reservar sete noites, eu não me hospedaria de novo em Long Beach. A boa é ficar pelo centro de Phi Phi mesmo, onde tem um agito e diversas opções de restaurantes.

DIAS 9 A 14 (KOH PHI PHI)    
Phi Phi foi uma das ilhas mais afetadas pelo tsunami (inclusive a história do filme O Impossível acontece nela) e quando estive lá ela ainda não tinha se recuperado completamente. Apesar disso e por causa disso (desastres naturais mexem muito comigo), foi um dos lugares mais marcantes e bonitos onde já estive. Mas se eu pudesse, eu mudaria mais uma coisa no roteiro: em vez de sete dias lá, eu ficaria apenas três e distribuiria os outros dias por Koh Tao e Bangkok. 

Dicas pra três dias em Phi Phi: fazer um passeio de barco que inclui as principais atrações (Maya Bay, Bamboo Island, etc), fazer a trilha até o Viewpoint (de lá se tem uma visão maravilhosa da ilha), nadar com snorkel e pé de pato até o shark point em Long Beach (como o nome diz, lá é cheio de tubarãozinho, então se você tem medo como eu fica esperto porque o negócio assusta), pegar uma praiana "no canto direito" da ilha, comer muito pad thai. Se der tempo, aluga um barquinho de madeira daqueles super tradicionais (com marinheiro, claro) pra ir de novo até as atrações que você gostou mais (porque os barcos grandes acabam parando afastados dos picos).  

Parte central de Koh Phi Phi, vista do Viewpoint (trilha fácil, fácil).
Maya Bay (ou A Praia) vista do barco em mar aberto.
Maya Bay vista de Long Beach, em Phi Phi.
As placas sinalizadoras estão por toda parte, especialmente em Phi Phi.

DIAS 15 A 17 (BANGKOK E KANCHANABURI) 
Perdemos um dia na missão Phi Phi - Phuket (de barco) e Phuket - Bangkok (de avião, Jetstar outra vez). Quando chegamos em Bangkok já era noite, mas foi o suficiente pra me deixar LOUCA de vontade de voltar lá, mais até do que pras ilhas. Principalmente porque passamos pelo Golden Temple (Wat Traimit) e ele já tava fechado, dá um Google pra você entender a minha frustração.   

A essa altura da viagem eu já estava exausta, com a pele esturricada e o corpo em ebulição, quase pedindo arrego rs. Então, tudo o que eu queria era um pad thai, um banho demorado e uma longa noite de sono. Mas claro que alegria de pobre dura pouco e o que me esperava era um pacote de biscoito e a guesthouse mais assustadora que já vi. Sabe aquela cena no comecinho de A Praia, quando o Patolino se mata numa guesthouse? Então, tenho certeza de que foi no meu quarto.

Golden Temple visto de fora: esse ficou pra próxima visita a Bangkok.
Parede até o teto na guesthouse pra que, né? Basculante neles!

Exageros à parte, deu pra descansar - um pouco, porque a programação do nosso 16o dia começou na madruga mesmo. É que meu ex leu em algum lugar sobre um tal templo onde os monges encantavam tigres, e esse templo fica na cidade de Kanchanaburi (cerca de 2 horas de ônibus de Bangkok). Não lembro porque saímos de madrugada, acho que é porque o templo abre e fecha muito cedo, mas o que mais me marcou nesse passeio não foram os tigres dopados encantados.

Lembra quando eu falei sobre a pressão de ser uma mulher ocidental entre milhares de mulçumanas em países úmidos onde a sensação térmica beira os 45 graus? Então, eis o drama em Kanchanaburi: mal pisei na cidade, devia ser umas 6h da matina, e fazia mais de 30 graus. E eu, como uma boa turista sem noção passeando pelo interior conservador de um país, vestia um mini short e uma regatinha. Em dois minutos, fui devorada com os olhos, chamada de piranha e obrigada a comprar uma calça de ginástica e uma blusa com manga - não precisava de tanto, mas lá na rodoviária mesmo eu descobri que pra entrar nos templos as mulheres precisam estar "cobertas".

Passado o susto, e apesar de eu não curtir essas atrações que envolvem "domesticação" de animais selvagens (por isso nem fui atrás desses passeios no lombo de elefante), até que o dia em Kanchanaburi foi interessante. Além do templo, a principal atração é a famosa ponte do rio Kwai, que dá nome ao filme. Momento cultura inútil: a produção na verdade foi filmada no Sri Lanka, onde uma ponte foi construída só para o filme ao custo de 250 mil dólares. Momento cultura inútil parte 2: A Ponte do Rio que Cai, das Olimpíadas do Faustão, são um trocadilho com A Ponte do Rio Kwai rs.

Carinho em tigre dopado: uma vez pra nunca mais.
A Ponte do Rio Kwai, ícone da Segunda Guerra Mundial.

Chegamos em Bangkok já de noite. Só deu tempo de tirar uma foto no Golden Temple e ir conhecer a famosa Khao San Road, um dos principais cartões postais da Tailândia. E é lá que a turistada faz a festa: tem night, tem bar, tem camelô, tem pompoarismo, tem gafanhoto frito e tudo mais que você precisar. Como eu não precisava de mais nada, dei um rolezão pra conhecer, comi, tomei banho e dormi - afinal, em poucas horas o frenesi iria começar outra vez, só que na Indonésia...  

Tuk-Tuk: o triciclo motorizado faz muito sucesso no Sudeste da Ásia.
Se Beber, Não Case: diversão é o que não falta na Khao San Road.

Last But Not Least (ou PRESTA ATENÇÃO no bom português):
1) Em Bangkok a boa é circular de tuk tuk, esse carrinho gracinha da foto acima. Eles custam bem menos do que os táxis normais - que só valem a pena se o trajeto for longo ou se envolver malas.

2) Pelo que anotei, a guesthouse em Bangkok se chamava PS. Mas dei um Google aqui, e ou eles melhoraram bastante nesses últimos seis anos ou esse review que achei foi bem generoso: 
http://www.travelfish.org/accommodation_profile/thailand/bangkok_and_surrounds/bangkok/sukhumvit/all/389

3) Acredita que fiz essa trip sem seguro viagem? NUNCA faça isso, é muito arriscado. Pra completar a garotice, eu não levei um único remédio na mala, porque como na Indonésia o porte de drogas é condenado com pena de morte eu fiquei com medo de eles considerarem os meus remédios como drogas (e até provar que focinho de porco não é tomada...)

4) Eu não me lembro se comprei alguns baht na Austrália e levei pra Tailândia, devo ter comprado. Mas lembro que foi muito fácil encontrar ATM pela Tailândia (e como o meu banco lá da Austrália era super popular, dava pra sacar dinheiro quase sem custo nenhum). 

5) Conservadores, tremei: na Tailândia, a transsexualidade é extremamente comum e o país é líder em cirurgia de troca de sexo. Os chamados lady boys são respeitados e têm tantos direitos quanto qualquer homem ou qualquer mulher "de nascença", então pense duas vezes antes de dar uma de turista engraçadinho pra cima deles.   

6) O saldo da viagem foi positivo: muita história pra contar, quero voltar pra Bangkok, as ilhas são paradisíacas...Mas eu saí da Tailândia com o alerta vermelho ligado: as ilhas estavam mal cuidadas, os corais estavam sendo destruídos, o turismo crescia desenfreadamente. Espero que a minha amiga Diana volte de lá em Janeiro com boas notícias ;)