quarta-feira, 25 de junho de 2014

Dicas Dazamigas - Serra do Cipó por Tatiana Betz

Com vários dias de atraso, mas tá valendo! Segue o super roteiro que a amiga Tati montou sobre a trip que ela fez pra Serra do Cipó (MG), no Carnaval deste ano. Como vocês vão ver, é uma viagem mais "energética", ideal pra quem gosta de relaxar e entrar em contato com a natureza. Com a palavra, Tati Betz:

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A Serra do Cipó é um dos conjuntos naturais mais exuberantes que existem e está localizada na Serra do Espinhaço, Minas Gerais, a 100km de BH.

Fotomontagem com os destaques da Serra do Cipó, em Minas Gerais.


MELHOR ÉPOCA
Junho/Julho – Menos chuva, porém menos volume de água nas cachoeiras. Se chove no dia anterior, na maioria das vezes elas são interditadas no dia seguinte por motivo de segurança.

HOSPEDAGEM
Um parêntese: a Tati ficou de me passar o contato da casa que ela e os amigos alugaram e amaram, mas ela ainda não conseguiu o bendito número rs Assim que ela me passar, edito o post e coloco aqui. De qualquer forma, vale citar que, além do aluguel de casas, há inúmeras pousadas e campings perto das cachoeiras. 

ESTRADA
O principal acesso é através da Rodovia MG-10, depois de Lagoa Santa e São José de Almeida. Até São Paulo, a estrada é tranquila. Depois, ela se torna bem perigosa com seus inúmeros caminhões, carros irresponsáveis e iluminação precária. Tomar cuidado, sair cedo e dirigir descansado são fatores essenciais pra uma viagem segura.

PONTO POSITIVO 
Salva vidas em praticamente todas as cachoeiras. Muito comum ocorrer tromba dágua em dias pós chuvas. Como existe o histórico de morte,  tem que se cuidar mesmo!

HORÁRIOS
Todas as cachoeiras e parques fecham por volta das 17h. Se programar.

ALIMENTAÇÃO
Levar muita água, preparar sanduíches, levar barra de proteínas, frutas e mix de castanhas.

Energia pura: a cachoeira Serra Morena tem o "chão" de quartzo branco. 

PROGRAMAÇÃO RECOMENDADA
DIA 1
Cachoeira Serra Morena (R$25,00 a entrada)
São duas cachoeiras dentro do “parque”. Ir primeiro na Serra Morena 1 e depois na segunda, a maior. Vale a pena chegar na hora que abre, a cachoeira está vazia e, a partir de 11h, começa a chegar  o povo com seus clássicos isopores fazendo aquela farofa básica e desconfortável rs. Reparem que o chão é todo de quartzo branco, pedra muito usada para energizar o corpo e ambientes. Podem sentir isso nandando até a cachoeira, dá aquela onda de energia revitalizada rs Dá pra ir de tênis leve ou chinelo.

Cachoeira Grande (R$25,00 a entrada)
Entrada pela rua principal da cidadezinha. Ir direto ao final onde se encontra a principal cachoeira. Se choveu nos dias anteriores, pode encontrá-la com volume de água intenso, o que impede de mergulhar lá no meio, mas o visual fica impressionante. Existem outras cachoeirinhas antes de chegar…Dá pra ir de tênis leve ou chinelo.


Cachoeira do Tabuleiro: se tiver chovido muito alguns dias antes, o Corpo de Bombeiros não libera a visita.

DIA 2
Cachoeira do Tabuleiro
A estrada é muito bonita até lá, porém mal sinalizada. Da Serra do Cipó até o Distrito de Tabuleiro, mais ou menos, dá 1h de carro. Rola um açaí na cidadezinha, bom pra dar um up.
A trilha até o poço principal é de nível difícil. A boa é tirar umas fotos no mirante antes: é alucinante! Esse fica sempre aberto.

Dica: antes de ir, ligar para a porta da entrada da cachoeira, para saber se ela vai abrir. Quando fui, havia chovido alguns dias antes. Chegamos lá cedo, esperamos até meio dia, mas o Corpo de Bombeiros não liberou. Se não puder ir, não desanime, a região possui outras cachoeiras:

Poço Pari: pareceu farofada demais.
Cachoeira do Altar: TOP! Ir com um guia.
Cachoeira do Rabo do Cavalo: a estrada fica ruim se chover, com só 4x4. Mas é recomendada também.
Cachoeira do Congonhas: SENSACIONAL. Top, mais bonita e mais recompensadora. São quase 2h de trilha (6km) até o cânion onde se encontra a queda d'água e a piscina natural. O parque ainda é novo, então o caminho não está bem demarcado…Cuidado para não se perder rs Chegamos no limite do horário permitido e estava vazia, perfeita, mas às 16h tem que voltar.

Trilha para a Cachoeira Congonhas, uma das preferidas da Tati na Serra do Cipó.

Obs: Neste dia, super recomendado ir de tênis apropriado, de preferência botinhas impermeáveis! Soubemos pelos guias locais que existe uma travessia pra Lapinha através da Cachoeira do Tabuleiro. Pareceu muito interessante! Falar com Rafael, da Tabuleiro aventuras (31) 7110-3989 – é um contato bom para ter informações sobre a cachu também.

DIA 3
Parque Nacional
Entrada logo depois da ponte da cidade. Telefone: (31) 3718-9481

Se o ritmo do grupo for forte, dá pra fazer a rota do Vale dos Mascates toda: 29km no total. Dia inteiro! Ir bem equipado, preparado pra suar e ter o corpo todo dolorido no final rs Em ritmo leve, dá pra ir de tênis leve, mas dosar o tempo de parada nos lugares para dar tempo de fazer tudo.

Rota: ir até o Cânion (12km de ida/3h). Tem um visual animal, 6km de fenda com lindas piscinas naturais! Se prepare para pular pedras, atravessar riozinhos, campos, areais, se desviar de raízes grandes de árvores, florestas fechadas e, se der sorte, esbarrar com algum boi e seus longos chifres atravessando a mesma trilha rs. De bike é mais puxado. 

Na volta, parar na Cachoeira da Farofa (pegar um anexo da trilha principal). É linda, dá pra nadar por dentro da queda e tirar ótimas fotos.


A Cachoeira da Farofa é linda e ideal para um mergulho na volta do Parque Nacional. 

DIA 4
Parque Nacional
Outra rota: Vale do Bocaína. Ir até a Cachoeira do Gavião. São 14km (ida e volta)/4h. Mesmo esquema do dia 3.

DIA 5
Dia de voltar pra casa, mas dá tempo de ir na Cachoeira da Caverna. A água é cristalina, MUITO gostosa e a trilha bem facinha e rápida. Tem que pagar pra entrar.


Pra mim, essa foto da Tati na Cachoeira da Caverna já valeu a viagem!

OUTRAS CACHOEIRAS E PASSEIOS
Véu de noiva: Dizem q não vale a pena, pois é bem popular, enche e está dentro de um camping.

Capivara: Agora tá fechada.

Cachoeira Bicame: Muito famosa e recomendada! É preciso tirar mais dias, ir até a cidade de Lapinha e pernoitar lá. Quero voltar, pois recomendam muito a região e suas cachoeiras. No nosso caso, como havia chovido uns dias antes, a estrada para lá estava péssima e só se chegava com 4x4.

Travessão: Trilha mais pesada. Carregar comida, barraca, dias de caminhada, tem que se preparar com guia.

Cânion do Rio Preto: Muito bonito. Ir em junho/julho.


Os cânions são muito comuns na Serra do Cipó e contribuem para a paisagem exuberante.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Dicas Dazamigas - Jamaica por Diana Bellizzi

Olá, pessoal!
Eu e meu namorado estávamos querendo uma viagem para o Carnaval, mas já estávamos em Janeiro e nada...Tive a ideia de pegar aqueles cruzeiros que saem de Miami e passam pelo Caribe, comecei a pesquisar e me animei muito quando vi que alguns deles passavam pela Jamaica, achei totalmente diferente e fiquei com muita vontade de ir. Fiz uma pesquisa na internet e achei um roteiro maravilhoso (http://www.viajarpelomundo.com/2013/03/o-melhor-da-jamaica.html), com fotos lindas, ótimas dicas e vi que pouca gente conhecia o lugar...aí pronto! Coloquei na cabeça que o nosso destino seria a Jamaica e consegui convencer meu boy rapidinho com o roteiro citado acima!

Acabamos reservando 5 noites no Hotel Rooms on the Beach em Ocho Rios (http://www.roomsresorts.com/ocho-rios.asp) e alugando um carro com GPS. Lá vai a primeira dica: se você quiser conhecer bem a Jamaica, alugue um carro com GPS e pé na estrada! Nós reparamos que os pontos turísticos são sempre muito vazios e ficamos sabendo que existe uma “lavagem cerebral” nos resorts all inclusive para as pessoas não saírem e fazerem só os passeios oferecidos pelo hotel...Não caia nessa: a Jamaica é linda e cheia de belezas naturais, explore sem moderação ;)

Mapa da Jamaica: em azul, o traçado do roteiro que a Di fez com o namorado

DIA 1
Chegamos por Kingston (vôo da American Airlines com escala em Miami), no nosso roteiro já estava previsto ir direto para o Bob Marley Museum (http://www.bobmarleymuseum.com/), dedicado ao músico de reggae Bob Marley. Localiza-se no número 56 da Hope Road, Kingston 6, e é a antiga residência do cantor. Foi também a sede da gravadora Tuff Gong, fundada pelo grupo de Marley, The Wailers, em 1970. Foi nesta casa que, em 1976, ocorreu uma tentativa frustrada de assassinato a Bob Marley. Aberto de segunda a sábado, de 9:30 às 17h.

Gostei do museu, achei bem legal as informações e tal. Porém, se pudesse voltar ao tempo, não teria chegado por Kingston - uma cidade feia e um pouco assustadora -, a melhor opção seria ter chegado por Montego Bay. Então lá vai a segunda dica: ir para Kingston só se quiser muito conhecer, pois eu não curti muito não... 

Saímos do museu umas 16h e pouco e fomos direto para Ocho Rios. A estrada é super chatinha, cheia de buracos e curvas, acabamos até perdendo nossa calota no meio do caminho. A mão é inglesa, então é muito importante atenção na direção - o Gui dirigiu o tempo todo e disse que demorou uns dois dias para acostumar. Fique atento com a velocidade permitida, pois há (não muitos) radares móveis na estrada e a multa é de USD 50, caso ultrapasse o limite. Chegamos no hotel Rooms on the Beach e já estava noite, acredito que foram umas 2h e meia de viagem. Chegamos mortos da silva e dormimos.

Fachada do Bob Marley Museum, em Kingston: atração turística mais popular da cidade

DIA 2
Acordamos super cedinho, tomamos café no hotel (o café da manha não era muito bom não) e pegamos a estrada para a Frenchman's Cove, passando pela cidade de Port Antonio, mais ou menos uns 100 quilômetros de Ocho Rios. É uma cidadezinha que ficou conhecida através do ator Errol Flynn (seu iate encalhou por lá e ele se encantou pelo local). Ficamos sabendo que na época muitos milionários construíram casas lá, porem, a nossa impressão é que o lugar está um pouco descuidado. Vimos uma marina, mas não conseguimos parar pelo tempo corrido, mas li que é legal parar para tomar um café ou drink.

Chegamos a Frenchman's Cove e ficamos complemente embasbacados (sério!), que lugar maravilhoso! Acho que é uma das praias mais lindas da Jamaica, esse passeio é imperdível! Para ficar mais perfeito, como é um pouco longe, a praia fica super vazia. Essa praia é paga, foi USD 10 cada um, mas vale cada centavo. Uma informação que sempre agrada é que lá tem Wi-Fi liberado.



Frenchman's Cove: pelas fotos acima, dá para entender por que a Di e o Gui ficaram tão encantados pelo lugar

Depois, fomos para a Blue Lagoon, poucos quilômetros após a Frechman´s Cove. Fizemos um passeio de barco que deu a volta na Monkey Island (o barqueiro ofereceu de ficarmos um pouco na ilha, mas como estávamos com pressa e o tempo estava meio fechado, resolvemos ir direto). Gostei do passeio, você consegue ver quanto estrago os furacões que passam pela Jamaica fazem, várias casas totalmente destruídas e alguns troncos de árvores enormes debaixo da lagoa (o passeio foi USD 30 o casal).


Blue Lagoon: um dos locais mais afetados pelos furacões que assolam a Jamaica

Estamos indo rumo a Reach Falls, quando nos deparamos com uma praia linda, com a água azul clarinha - eu levei até um susto, do nada aquela praia maravilhosa com aquele tom de azul do mar do caribe! A Boston Beach merece uma paradinha pra tirar uma foto e dar um mergulho, li que esta praia é uma das poucas da Jamaica que tem onda, então é bem procurada pelos surfistas.


Boston Beach: uma das poucas praias da Jamaica onde é possível praticar o surfe

Continuamos na estrada e finalmente chegamos a Reach Falls (eu até estava nervosa, não chegava nunca). Na entrada, já vieram uns maconheiros se oferecendo para ser guia da cachoeira rs, mas ficamos um pouco assustados e seguimos em frente - quando chegamos lá, descobrimos que precisa pagar USD 10 para entrar e tem guia para acompanhar.
Quando entramos na cachoeira, levamos outro susto: a cachoeira é linda demais e a água tem uma cor que eu nunca vi em cachoeira, um azul escuro. Alugamos os sapatos de borracha que são obrigatórios (se tiver mais de uma cachoeira em seu roteiro, compre esses sapatos, pois senão precisa ficar alugando, então vale mais comprar, é USD10). O nosso guia era muito gente boa, o Curt, ele foi subindo com a gente na cachoeira e pegou minha máquina, tirou altas fotos. Nós simplesmente amamos a Reach Falls, imperdível!



Os tons de azul da Reach Falls

Na volta, paramos na Somerset Falls, uma cachoeira/parque que fica no caminho de volta para Ocho Rios - para quem tinha acabado de ir na Reach Falls, ela não impressiona muito. Chegamos no final do dia e não tinha mais ninguém, mas contaram que o parque vive cheio de turistas. Na Somerset também precisa pagar USD 10 para entrar, então já sabe: só vai se tiver passando por lá, eu não achei nada demais. Se decidir ir, fique atento ao horário, nós quase não conseguimos entrar, pois o parque fecha às 17h (e abre às 9h).

Somerset Falls: segundo a Di, para quem passou pela Reach Falls, a Somerset não impressiona

Depois de um dia cheio, voltamos para o hotel e decidimos procurar um lugar para jantar a comida típica da Jamaica. Pegamos indicação com um funcionário do hotel, que nos sugeriu o Mom’s (http://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g147312-d1051387-Reviews-Mom_s-Ocho_Rios_Saint_Ann_Parish_Jamaica.html), a 150 metros do hotel. Mais uma dica: em Ocho Rios, não aconselhamos sair à noite. Por ser o lado menos visitado da ilha, éramos praticamente os únicos turistas na rua. Fomos “manipulados” a pagar USD 10 para um jamaicano que nos obrigou a deixá-lo nos acompanhar até o restaurante - no caminho, mais dois sujeitos estranhos estavam caminhando conosco. Sobre a comida, entendemos por que vemos tantas cabras e cabritos nas ruas: trata-se de um dos pratos principais. Fora o animal, o molho “jerk”, um molho apimentado, é encontrado em qualquer restaurante.

DIA 3
Mais uma vez, repetimos nosso ritual: acordamos bem cedinho, tomamos café e pé na estrada. A primeira parada do dia foi na Dunn's River Falls (horário: 8:30 AM-4:00PM), uma cachoeira imperdível, bem próxima do hotel. A entrada no parque custa USD 20 e é importante separar mais USD 20 para o guia e seu ajudante. O interessante nesse ponto, além da beleza natural das quedas d'água que terminam numa linda praia, é como desbravamos o local. É necessário os sapatos de borrachas, que são alugados por USD 7. Após juntar um grupo de pessoas, os guias levam para o final da cachoeira e começamos a subi-la como uma trilha. Na saída, tem algumas vendinhas para quem quiser comprar lembranças da ilha.


Nas fotos acima, a Di e o Gui curtindo as quedas d'água da Dunn's River Falls

Depois de malhar as pernas na subida da cachoeira, chegou o momento de relaxar. Pegamos nosso super carro em direção a James Bond Beach, uma linda praia deserta a cerca de 20 minutos dali. Seu nome vem do fato de ter servido como fonte de inspiração para Fleming escrever as estórias de James Bond. Hoje, a casa onde ele morou faz parte do hotel Goldeneye e só pode ser vista de barco. A entrada custa USD 10 e a praia possui um bar com pessoas bem simpáticas. Ficamos um bom tempo na praia bebendo algumas Red Stripes (cerveja produzida na Jamaica) e curtindo a paz do ambiente e sua água cristalina.

 


3x James Bond Beach: praia que serviu de inspiração para Ian Fleming escrever as histórias de James Bond

Nosso planejamento era sair ainda com dia claro para conhecer o Blue Hole de Ocho Rios, mas fizemos amizade com uma senhora americana, casada com um jamaicano, que nos convidou para ver o nascimento das tartarugas que aconteceria numa praia ao lado no fim daquela tarde. Dessa vez, podemos dizer que tivemos bastante sorte e conhecemos o líder desse projeto - um inglês que, com muito trabalho, vem diminuindo a taxa de extinção desses répteis. Resolvemos acordar um pouco mais cedo no dia seguinte para visitar o Blue Hole.


Sorte de viajante: eles foram convidados por uma americana para conhecer um projeto de proteção a tartarugas

Voltamos para o hotel com o dia já escuro, tomamos um banho e partimos para um passeio no mínimo inusitado. No caminho de Montego Bay, a 64 km de Ocho Rios, encontra-se um restaurante chamado Glistening Waters Restaurant (http://www.glisteningwaters.com/).Além do jantar, o restaurante oferece um passeio de barco que nos levou em um ponto onde a água era luminosa. Isso mesmo, a água brilha com um simples movimento de um peixe. A intrigante cena acontece em apenas quatro lugares do mundo e é efeito de plânctons existentes no local, que absorvem a luz solar e soltam essa energia quando movimentados. Levem roupa de banho, pois você pode mergulhar e sentir com o próprio corpo. Pode-se levar também uma garrafa para coletar um pouco dessa água, que colocada na luz solar volta a energizar os plânctons por mais alguns dias. O ideal é aproveitar a ida ao restaurante para mudar de cidade. No caso, não nos programamos e voltamos para Ocho Rios.

DIA 4
O 4° dia foi o que mudamos de hotel, pois decidimos passar a noite em Negril, ponta esquerda da ilha e 178 km distante de Ocho Rios. No caminho, passaríamos por Montego Bay, outra cidade famosa. Acordamos um pouco mais cedo que de costume, uma vez que deixamos uma das atrações de lado no dia anterior. Café tomado e mala arrumada, partimos em direção ao Blue Hole de Ochos Rios. O local é um pouco difícil de encontrar, mas não é muito distante da cidade. O ideal é perguntar para as pessoas sobre um lugar chamado “Lodge” e, mais próximo, eles saberão informar exatamente onde é o Hole. Indicamos fortemente a ida nesse ponto, pois trata-se de um lugar pouquíssimo visitado por turistas, com uma beleza natural incrível. Como estávamos com pressa e iríamos pegar uma longa estrada, preferimos não mergulhar, mas vontade não faltou.

Mais uma atração próxima a Ocho Rios, o Blue Hole

Seguimos viagem para Negril e fizemos nossa parada para comer em Montego Bay. Unimos o útil ao agradável e aproveitamos para conhecer o badalado restaurante Margaritaville, um “restaurante” onde você pode aproveitar 52 sabores de margaritas, almoçar e ainda curtir as atrações de diversão do restaurante. No ultimo andar, você pode descer em um toboágua que te arremessa diretamente nas águas do Caribe. Dali você pode nadar para outros “brinquedos” que ficam no mar disponíveis. 


No Margaritaville, dá pra juntar o útil ao agradável: comida, bebida e diversão

A partir de Montego Bay, você irá sentir uma diferença na atmosfera dos locais. Nessa parte da ilha já pode-se ver uma quantidade bem maior de turistas, e as cidades estão mais preparadas para recebê-los. Após um almoço divertido, seguimos viagem para Negril. Chegamos lá, fechamos um hotel na beira da praia e resolvemos ir direto conhecer o balado Rick's Café, um bar com um clima bem bacana, conhecido por seu pôr do sol exuberante.

Chegamos lá e o local comprovou sua fama. Pedimos nossas Red Stripes e ficamos admirando a beleza do local a cada gole. A cor do mar e as rochas sobre as quais o bar está situado deixam qualquer um de boca aberta. Em uma das partes, existe um lugar em que os mais aventureiros podem saltar a 11 metros de altura, direto no mar. E o pôr do sol? Realmente vale a pena aguardar. Com uma vista sem nenhuma barreira, conseguimos ver o sol se pôr no oceano de uma forma linda e quando você acha que acabou, nesse exato instante, começa a tocar uma banda de reggae e você se da conta de como está adorando a Jamaica.



Rick's Café em 3 momentos: aventura, relax e encanto

DIA 5
Acordamos cedo e demos um passeio na Seven Miles Beach (praia principal de Negril), a água é super clarinha. Ela possui bares na orla, várias lojinhas de souvenir, ótima para bater perna! Infelizmente, tivemos que partir cedo, pois tínhamos que ir para Black River conhecer o Pelican Bar e depois para Kingston, nosso vôo era no dia seguinte cedinho.

Partimos de Negril em direção a Black River (aproximadamente 75km) e não poderíamos imaginar a super aventura que seria este dia. O Pelican Bar foi um dos bares mais incríveis que conhecemos, ele fica no meio do mar, para chegar lá só de barco. Você pode pegar o barco em Black River ou Treasure Beach (optamos por Black River), mas acredito que a outra opção é mais perto do bar. Quando chegamos em Black River, ficamos um pouco assustados, pois vários jamaicanos com muito cheiro de maconha vieram oferecer para nos levar lá rs, acabamos fechando com o “guia” mais figura de todos, o William. Além do cara ter ido fumando maconha a ida e a volta inteira, ele ficou encantado ao descobrir que o Gui tinha o mesmo nome que ele em inglês (William = Guilherme)! O cara era de fato um fofo! 

Depois de uns 20 minutos de barco, chegamos ao bar. O Pelican é incrível, com a fachada rústica, toda feita de madeira e a água em volta verdinha clara! Dentro do bar, os turistas levam lembranças de seus países e penduram  na estrutura (lembre-se: se for para Jamaica, levar uma bandeira, blusa ou qualquer coisa do Brasil ou do seu time favorito). Nós bebemos uma cervejinha e mergulhamos no mar, por sorte recebemos a dica da bandeira e levamos uma camisa do Brasil e o Gui a bandeira do Palmeiras. Esse passeio é maravilhoso, não pode deixar de ir mesmo, pagamos USD 50 o casal para ir e voltar do bar.

Finalmente, voltamos para Kingston para pegar nosso vôo de volta para o Brasil. O que podemos dizer depois desses dias na Jamaica é que o lugar é apaixonante e deveria ser conhecido por todos que apreciam viajar.



Pelican Bar: a principal atração de Black River fechou com chave de ouro a trip da Di

DICAS EXTRAS
Como tínhamos o tempo um pouco limitado, tivemos que optar por algumas atrações em detrimento de outras. Vamos colocar abaixo quais são essas atrações e qual seria a sugestão de um roteiro perfeito, onde pode-se conhecer tudo da Jamaica com menor tempo e desgaste possível:

1) Em Ocho Rios, optamos por não ir ao Dolphin Cove, um parque onde o foco é nado com os golfinhos, mas fica a dica para quem quiser curtir essa emoção. Fica bem perto da Dunn’s River Falls e é parada dos grandes cruzeiros que passam pela ilha. 

2) Outra atividade que não fizemos foi o mergulho em Negril. Suas águas cristalinas fazem com que os mergulhadores se encantem. Caso você já tenha o batismo, são apenas USD 40 por pessoa.

3) Internacionalmente conhecida como terra da maconha, é possível também fazer um passeio nos campos de maconha ou Marijuana Fields. Apesar da fama, a droga não é permitida no país. Sendo assim, para ir ao passeio, é necessário perguntar para algum guia que fica no hotel. Eles podem indicar alguém de confiança para que tudo seja bem seguro. Trata-se de um passeio caro.

4) Você verá que o rum é uma bebida local e que os jamaicanos apreciam bastante. Uma dica para quem gosta de conhecer de onde vem os costumes dos nativos é fazer o Tour do Rum, ou Appleton Estate Rum Tour. Nele você conhece onde são produzidos e seus processos de produção, além de provar a bebida. É um passeio que dura o dia inteiro, pois fica em Nassau Valley, St. Elizabeth.

5) Por fim, existem duas cachoeiras que também podem ser visitadas na ilha, sendo elas YS Falls, também em St. Elizabeth, e Mayfield Falls, essa em local mais distante, entre Negril e St Elizabeth.

Sugestão de Roteiro:
Chegada por Montego Bay
2 noites em Negril
1 noite em Ocho Rios
1 noite em Port Antonio
1 noite em Ocho Rios
Saída por Kingston

Nova sessão: Dicas Dazamigas

Como infelizmente eu ainda não conheci todos os lugares do mundo (e a não ser que eu viva 300 anos, não devo conhecer), vou aproveitar o espaço pra postar também as dicas de viagem das minhas amadas amigas. A ideia é focar em trips que ainda não fiz, mas nada impede que elas montem roteiros de lugares "repetidos" aqui no blog - afinal, dica boa nunca é demais! Hoje, a Dazamigas é sobre a viagem que a minha amiga Diana Bellizzi fez com o namorado para a Jamaica, no Carnaval deste ano - e já tem um super roteiro nacional engatilhado, voltem amanhã pra conferir ;)

Vale reforçar que, assim como nos posts que eu escrevo, nada que elas escreverem aqui no blog é uma "verdade absoluta". Gosto é uma coisa extremamente pessoal, e um programa que pra mim é imperdível pode ser totalmente dispensável pra elas, e vice-e-versa. Nosso objetivo é passar as nossas impressões para tentar auxiliar na definição dos roteiros, mas aconselho que vocês sempre pesquisem o máximo que puderem sobre os destinos de vocês, para otimizar o tempo e prevenir surpresas desagradáveis. 


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Roteiro da Semana - Cancun (Parte 2)

To sumidaça, coisa feia! Mas vou compensar a ausência com a continuação do post de Cancun e com novidades aqui no blog, aguardem!

Taí um lugar que eu nunca ia imaginar que visitaria duas vezes em pouco mais de um ano: Cancun. Apesar de ser um dos meus "Destinos dos Sonhos" desde a infância (mais pra frente vou postar sobre isso) e de a viagem que eu fiz ano passado ter sido uma das mais divertidas da minha vida, Cancun não faz muito o meu estilo e eu só voltei na última Páscoa pra passar a despedida de solteira de uma das minhas melhores amigas. Mas AINDA BEM que eu voltei! rs

Esse retorno só me deu mais vontade de conhecer o México a fundo (meu voo foi via Cidade do México e até terremoto de 7.5 na escala Richter eu enfrentei), me deu a certeza de que Cancun é a Disney dos adultos e me fez admirar ainda mais Playa del Carmen. Os porquês disso tudo, abaixo.


Tudo pela farra: trip pra Cancun pela 2a vez em um ano, graças à despedida de solteira de uma amiga-irmã

COMO CHEGAR E ONDE SE HOSPEDAR
No Carnaval de 2013, minhas amigas e eu fomos de LAN e nosso voo custou a bagatela de 8 parcelas de R$500 (sim estou sendo irônica, 4k numa passagem é um roubo!). Dessa vez, gastei 80.00 milhas com a TAM pra fazer RJ-SP-Cidade do México (ida e volta) e paguei USD 160 pra fazer Cidade do México-Cancun-Cidade do México com a Vivaaerobus (https://www.vivaaerobus.com/). Nunca tinha ouvido falar dessa companhia, mas dei um Google e vi que a fama dela ia além da minha ignorância, então encarei. Não foi uma experiência muito boa, os pousos e decolagens me assustaram e as filas pro check in foram enormes. Mas low fare é low fare né, não dá pra reclamar.

O aeroporto de Cancun tem três terminais, com ônibus gratuito que faz transporte entre os três, e de cada um deles saem vans coletivas e táxis privativos que levam pra qualquer lugar da região. A van pra zona hoteleira custa USD 17 por pessoa e foi lá que nos hospedamos: ano passado no RIU Caribe (http://www.riu.com/es/Paises/mexico/cancun/hotel-riu-caribe/index.jsp) e esse ano no RIU Cancun (http://www.riu.com/pt/Paises/mexico/cancun/hotel-riu-cancun/). Apesar de a rede ser a mesma, achamos o RIU Cancun beeeem melhor do que o Caribe por vários motivos: melhor localização (do ladinho das noitadas), mais opções de comidas (além do buffet fixo, toda noite o jantar segue um tema diferente), quartos mais confortáveis e hóspedes mais jovens (pra gente isso é uma vantagem). Além disso, a piscina infinita dá um toque a mais!


Riu Cancun visto da Go Pro que apoiamos na borda da piscina infinita

NOITADAS
Coco Bongo
Como falamos tanto sobre a Coco Bongo ano passado, as meninas quiseram ir logo no primeiro dia, e se amarraram tanto que fomos de novo depois! Eu não me canso de dizer o quão brega, circense, exagerada e fantástica a Coco Bongo é. Tem duas frases que definem perfeitamente:"Vegas meets Cirque du Soleil" e "You have to experience it to believe it" (essa é de uma resenha do New York Times). É um mix de circo com boate, com open bar até as 3h da manhã por cerca de 70 dólares e gente do mundo inteiro. Esse vídeo dá uma leeeve noção da doideira que é, vale a pena conhecer!




Palazzo, Mandala e La Vaquita
Ao lado da Coco Bongo, a Palazzo e a Mandala são as boates mais famosas de Cancun. A Palazzo é parecida com uma (boa) night (gringa) qualquer, nada de excepcional. Já a Mandala tem uma vantagem: um beach club anexo à boate fechada, onde acontecem umas pool parties bem legais! E a La Vaquita foi novidade pra gente: assim como as outras nights em Cancun, ela também é open bar, só que muito mais barata (USD 25 vs USD 60-80 das outras). Ou seja, dá pra imaginar a "sujeira" que é né rs Mas sujeira no bom sentido, dá pra se divertir muito pagando bem menos, vale a pena pros dias que a preguiça e a bebedeira te segurarem no hotel até tarde. Ah, e tem uma vaca gigante sobrevoando o lugar, é no mínimo engraçado.


Palazzo: encontro de bonés

Mandala: toda pool party vale a pena quando a alma não é pequena

La Vaquita: oi, vaca voadora!

PASSEIOS
Isla Mujeres
A poucos passos do Riu Caribe fica a Playa Caracol, com um píer de onde saem catamarãs de hora em hora pra Isla Mujeres. Ano passado não fomos, porque priorizamos outros passeios, até que uma amigona nossa disse que era muito lindo e vimos umas fotos animadoras, então resolvemos ir. Mas fizemos uma coisa que não se deve fazer numa viagem tão cara curta: fomos sem pesquisar NADA, não fazíamos ideia das atrações de lá. Mal saímos do catamarã e fomos "atacadas" por esses caras que vendem passeios turísticos e, por muita sorte, fechamos um programa bem legal: um barco com marinheiro só pra gente, com isopor pra guardar bebidas e um pit stop com almoço incluído - mas tudo muito simples, barco e almoço. O lado ótimo foi o mergulho de snorkel (um dos mais bonitos que já fiz) e a farra da mulherada no barco. O ruim foram as paradas opcionais, uma pra mergulhar com golfinhos (de cativeiro, tô fora) e outra com um tubarão - o coitado, além de encarcerado, teve os dentes arrancados, como é que a gente ia compactuar com um negócio desses?!


Tchibum em Isla Mujeres, onde peixinhos multicoloridos convivem em harmonia com diversas esculturas submarinas

Cenote 2 Ojos + Tulum + Playa del Carmem
Fechamos um van só pra gente, lá no hotel. Custou USD 34 pra cada uma de nós 9, mas no final demos uma gorjeta boa, porque era domingo de Páscoa e o motorista foi um fofão - além de ter passado o dia inteiro aturando a mulherada buzinando no ouvido dele, coitado. 
A primeira parada foi no Cenote 2 Ojos. Os cenotes são cavidades naturais cheias d'água, formando cavernas totalmente ou parcialmente submersas. Dá pra mergulhar com garrafa, snorkel ou free style mesmo - o que já vale o passeio, é lindo demais. Tem zilhares pelo México, é até difícil escolher em qual ir, mas esse é bem famoso então fomos dar o confere. A entrada custa 100 pesos (USD8).


Essa foto borrada nem de perto dá a ideia do quão maravilhosamente azul é a água nos cenotes

Logo depois, o motorista nos levou para Tulum, que é um sítio arqueológico dos maias à beira-mar, maravilhoso. Apesar de as construções não serem tão imponentes como as de Chichen-Itzá (outro sítio muito famoso, que visitamos ano passado), o visual compensa. É um passeio rápido, mesmo lendo todas as placas não leva mais de 1h30. A entrada custa 40 pesos (USD 3).


Tulum: ao fundo, uma das várias ruínas de um dos sítios arqueológicos mais famosos do México

Por último, fizemos um pit stop em Playa del Carmem. Foi uma paradinha de menos de 2 horas, então nos dividimos: as que não tinham estado em Cancun ano passado foram dar um rolé, e as que conheciam foram torrar o crédito na Forever 21, que abriu na cidade em dezembro do ano passado. Apesar de rápido, adorei ter ido à Playa outra vez: o lugar é uma delícia, todas ficamos com muita vontade de passar mais tempo lá.


A apaixonante Playa del Carmen também tem a sua Quinta Avenida, repleta de lojinhas, bares e restaurantes

Jungle Tour 
No último dia, o grupo se dividiu mais uma vez: metade foi para o parque Xcaret (http://www.xcaret.com.mx/) e a outra foi fazer um passeio que indico pra qualquer pessoa que gosta de adrenalina (e que não se importa com um leve perigo): o Jungle Tour, ou Speedboat Tour. 
Resumindo: você aluga uma lanchinha pra até 4 pessoas e dirige ela por contra própria através dos mangues da lagoa Nichupté, e durante um longo trecho de mar aberto, até chegar no recife de coral Punta Nizuc - tudo isso seguindo um guia que dirige descacetadamente uma lancha lá na frente, sozinho. A recomendação inclusive é pra você acelerar ao máximo a sua lancha, pra que ela sacuda menos nos dias de ventania - não adianta muita coisa, o negócio quica e sacode que é uma loucura. 

Lá no recife, todos "estacionam" para um mergulho de snorkel de meia hora, é maravilhoso, nunca imaginei que veria tanto peixe lindo e diferente em Cancun! A parte do perigo fica por conta da sorte, ou falta dela: fora a ventania que tava no dia e que deixou o mar super encrespado, e o fato de que nenhuma de nós já tinha dirigido uma lancha na vida, eu e minha amiga fomos premiadas com uma lancha que acelerava e desacelerava sozinha, morria do nada, a gente não sabia se ria ou se chorava. Mas sério: sustos à parte, foi o passeio mais surpreendente que eu fiz na viagem, super recomendo! Mais informações aqui: http://www.aquatours.travel/activities/jungle-tour-cancun.asp# 


Formigas atômicas: nós mesmas que pilotamos essas lanchinhas inacreditavelmente pequenas e velozes

Obs: Pesquisando para o post, descobri que esse é o segundo maior recife de coral do mundo. Só perde para a Grande Barreira de Corais, na Austrália, onde eu também já mergulhei (quem sabe isso não rende um post mais lá pra frente...). 

Obs 2: Em Cancun, o dólar americano é aceito pra quase tudo, mas alguns lugares como lojas de shoppings (Zara, Forever 21) só aceitam pesos ou crédito. Então, é sempre bom ter uns pesos mexicanos, além de um cartão de crédito internacional. Esse ano, além dos dólares e do cartão, eu levei dois mil pesos (o que dá cerca de USD 140).